miércoles, 30 de julio de 2008

A contribuiçao da Mulher na construçao do Socialismo



El presente texto esta tomado de la pagina de los camaradas del MEPR de Brasil.


A Contribuição da Mulher na Construção do Socialismo
V. I. Lênin
28 de Julho de 1919
Primeira Edição: De Uma Grande Iniciativa (Sobre o heroísmo das operárias na retaguarda. Com referência aos «sábados comunistas»), escrito a 28 de julho de 1919 e publicado em folheto separado em julho do mesmo ano. (Obras Completas, vol. XXIV, págs. 343-344.)Fonte: O Socialismo e a Emancipação da Mulher, Editorial Vitória, 1956.Tradução: Editorial Vitória.Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, setembro 2007.Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

Tomemos a situação da mulher. Nenhum partido democrático do mundo, em nenhuma das repúblicas burguesas mais progressistas, realizou a esse respeito em dezenas de anos nem mesmo a centésima parte daquilo que nós fizemos apenas no primeiro ano de nosso poder. Não deixamos literalmente pedra sobre pedra de todas as abjetas leis sobre as limitações dos direitos da mulher, sobre as restrições do divórcio, sobre as odiosas formalidades às quais estava vinculado, sobre a possibilidade de não reconhecer os filhos naturais, sobre investigação de paternidade etc., leis cujas sobrevivências, para vergonha da burguesia e do capitalismo, são muito numerosas em todas os países civilizados. Temes mil vezes o direito de estar orgulhosos daquilo que fizemos nesse terreno. Mas quanto mais limparmos o terreno do entulho das velhas leis e instituições burguesas, melhor vemos que com isso apenas limpamos o terreno para construir e não empreendemos ainda a própria construção.
A mulher, não obstante todas as leis libertadoras, continua uma escrava doméstica, porque é oprimida, sufocada, embrutecida, humilhada pela mesquinha economia doméstica, que a prende à cozinha, aos filhos e lhe consome as forças num trabalho bestialmente improdutivo, mesquinho, enervante, que embrutece e oprime. A verdadeira emancipação da mulher, o verdadeiro comunismo, só começará onde e quando comece a luta das massas (dirigida pelo proletariado, que detém o poder do Estado), contra a pequena economia doméstica ou melhor, onde comece a transformação em massa dessa economia na grande economia socialista.
Ocupamo-nos bastante, na prática, dessa questão que, teoricamente, é clara para todo comunista? Naturalmente, não. Temos suficiente cuidado com os germes do comunismo que já existem nesse terreno? Ainda uma vez não, e não! Os restaurantes populares, as creches e jardins de infância: eis os exemplos de tais germes, os meios simples, comuns, que nada têm de pomposo, de grandiloqüente, de solene, mas que são realmente capazes de emancipar a mulher, que são realmente capazes de diminuir e eliminar — dada a função que tem a mulher na produção e na vida social — a sua desigualdade em relação ao homem. Esses meios não são novos: foram criados (como em geral todas as premissas materiais do socialismo), pelo grande capitalismo; no capitalismo, porém, em primeiro lugar constituíam uma raridade e, em segundo lugar — e isso é particularmente importante — eram ou empresas comerciais, com todos os seus piores lados: especulações, corrida ao lucro, fraude, falsificações, ou «acrobacias da filantropia burguesa», que eram por justa razão odiadas e desprezadas pelos melhores operários.
Não há dúvida de que nós possuímos um número consideravelmente maior de tais instituições e que elas começam a mudar de caráter. Não há dúvida de que entre as operárias e as camponesas existem pessoas dotadas de capacidade organizadora em número muitas vezes maior do que supomos, pessoas que possuem a capacidade de organizar uma obra pratica, com a participação de grande número de trabalhadoras e de número ainda maior de consumidores e isso sem abundância de frases, sem barafunda, discussões, tagarelice sobre planos, sistemas etc., que são a eterna «doença» de um número infinito de «intelectuais», tão cheios de si e dos comunistas «recém-saídos da casca». Mas, infelizmente, não cuidamos, como seria preciso, desses germes da nova sociedade.
Observai a burguesia. Como sabe fazer magnificamente a publicidade daquilo que lhe é conveniente! Como as empresas, «exemplares» aos olhos dos capitalistas, são exaltadas em milhões de exemplares de seus jornais! Como se faz das instituições «modelo» um objeto de orgulho nacional! A nossa imprensa não se preocupa absolutamente, ou quase nada, em descrever os melhores restaurantes ou as melhores creches, para conseguir, mediante insistência diária, que algumas delas se tornem exemplares; de torná-las conhecidas; de descrever detalhadamente a economia de trabalho humano, a comodidade para os consumidores, a poupança de produtos, a libertação da mulher da escravidão doméstica, o melhoramento das condições sanitárias que se obtêm com um trabalho comunista exemplar, que se podem obter, que se podem estender a toda a sociedade, a todos os trabalhadores.
Produção modelo, sábados comunistas modelo¹, cuidado e consciência exemplares na colheita e na distribuição de cada pud² de trigo, restaurantes modelo, limpeza exemplar nesta ou naquela casa operária, nisto ou naquilo isoladamente, tudo isso deve ser objeto de atenção e de cuidado dez vezes maiores, tanto por parte de nossa imprensa como de toda organização operária e camponesa. Todas essas coisas são germes do comunismo e o cuidado com tais germes é um dever comum a todos nós; e o dever mais importante.

Notas de rodapé:
(1) Forma de emulação socialista praticada na Rússia soviética durante os anos da guerra civil. Consistia na prestação gratuita de trabalho, por parte de grandes massas de operários, os quais, em beneficio da coletividade, renunciavam voluntariamente ao repouso a que tinham direito na tarde de sábado.
(2) Antiga unidade de medida russa, equivalente a cerca de 16 kg.

martes, 29 de julio de 2008

Debate sobre la Revolución en Nepal, un articulo del Camarada Basanta, miembro del CC del PCN (m)


Publicamos un importante articulo del miembro del CC. del PCN (m) Camarada Basanta.
La traducción para Correo Vermello es de la c. Eva P.



La revolución Nepalí entra en una nueva fase.

Se intensifica la lucha de clases mientras el PCN (M) lidera una nueva revolución democrática!

Destruyamos el poder estatal burgués y feudal y a los imperialistas extranjeros !

El punto muerto del presente y nuestras tareas
Por el Camarada Basanta (Miembro del comité central del PCN (M))


La Revolución de Nueva democrácia en Nepal ha alcanzado poco a poco nuevas cotas.

El heroico pueblo de Nepal, bajo el liderazgo del PCN (M), ha acabado con una institución feudal de 240 años, la monarquía, en el primer encuentro de la Asamblea Constituyente el 28 de mayo de 2008. Esto ha asentado las bases de la República Democrática Federal de Nepal. A nadie se le escapa el hecho de que este cambio político ha sido posible gracias al liderazgo dinámico de nuestro partido y a la fuerza de su ideología científica, el Marxismo-Leninismo-Maoismo y Camino Prachanda. Si no fuese por los 10 años de la Guerra Popular en los que se ha politizado a las masas en contra del feudalismo y el imperialismo en todo el país, el levantamiento masivo de abril 2006 no se hubiera producido. Del mismo modo, el establecimiento de la República Democrática Federal de Nepal estaría muy lejos si no fuese por el levantamiento de abril 2006. Lo que ha elevado el nivel de desarrollo de la revolución proletaria en Nepal ha sido la adecuada fusión de dos modelos –aplicados en las revoluciones proletarias del siglo XX-, la insurrección y la guerra popular prolongada.
Nepal es un país semi-feudal y semi-colonial. Feudalismo e imperialismo, sobre todo el expansionismo hindú, han supuesto barreras para una transformación radical de las relaciones sociales, económicas y culturales y la consolidación de la integridad nacional y la soberanía popular. Después del establecimiento de la República Democrática Federal, la institución monárquica ha sido demolida. Sin duda, el feudalismo se ha debilitado en el sentido político pero la lucha contra el feudalismo aún no ha terminado. La república democrática que tenemos ahora es un sistema político conectado con el orden mundial imperialista. La república burguesa no puede ser el sistema político de las clases, regiones y naciones oprimidas de Nepal.
La consigna de un “Nuevo Nepal”, tan utilizada durante la elección de la Asamblea Constituyente, se puede lograr únicamente destruyendo totalmente el feudalismo y el imperialismo en nuestra tierra. Para que exista un nuevo Nepal es necesaria la unión de la dictadura conjunta de las fuerzas patrióticas y democráticas bajo el liderazgo del partido del proletariado. Esto sería una Nueva Democracia.
En Nepal se ha conseguido una República Democrática Federal, una democracia burguesa en la que el PCN (M) juega un papel determinante. A pesar de esto, la vanguardia del proletariado de Nepal no ha alcanzado aún la meta estratégica de la Nueva Democracia, la dictadura conjunta de las fuerzas patrióticas y democráticas bajo el liderazgo del partido del proletariado. La República Democrática Federal es un paso anterior a la Nueva Democracia, según decía el Presidente Mao, pero no una estrategia del proletariado ni un paso separado de la Nueva Democracia.
La actual fase de la revolución, la de la ofensiva estratégica, es un momento crucial. Las fuerzas revolucionarias están luchando para crear una situación favorable para la toma del poder. Las fuerzas contrarrevolucionarias intentan retener el poder y que no se hagan con él los oprimidos. Existe un tira y afloja fuerte y nuestro partido está a la ofensiva aunque no tenga aún la victoria.
En este momento en el que el Partido aún no ha dado un paso táctico claro, hay alguna confusión en la izquierda revolucionaria tanto nacional como internacional, incluso dentro del Partido. Hay distintas tendencias –derecha, centro, izquierda- que generalmente existen en el movimiento comunista, y hasta cierto punto es natural la confusión reinante.
Para que exista semejante confusión debe haber alguna base objetiva. Sabemos que la Segunda Conferencia Nacional del Partido en 2001 había planteado las mesas redondas, el gobierno provisional y la elección de la Asamblea Constituyente como táctica política. La reunión del Comité Central de Chungwang en Agosto de 2004 lo concretó en forma de República Democrática. Ahora, con la elección de la Asamblea Constituyente y la declaración de la República Democrática Federal, la táctica de la reunión de Chungwang ya no es válida. El Partido tiene que definir una táctica apropiada para organizar la ofensiva final y tomar el poder. Si está situación de confusión continúa, puede conducir a que la actual República Democrática sea un paso estratégico anterior a la Nueva Revolución Democrática.
Sin embargo, después de la elección de la Asamblea Constituyente y el establecimiento de la República Democrática Federal, las relaciones sociales y de clase, bajo la misma estructura socioeconómica semi-feudal, semi-colonial, han cambiado bastante en la sociedad de Nepal. La monarquía, la institución feudal más primaria, ha dejado de existir. Aunque existen aspectos feudales en lo económico y lo cultural, los comerciantes burgueses al servicio del expansionismo hindú empiezan a estar en primera plan. El aspecto nacional de la Nueva Revolución Democrática se convierte en dominante frente al democrático.
La lucha política que se está agudizando entre los partidos políticos constituye, en esencia, una lucha de clases en torno a qué clase va a liderar el futuro de Nepal, la burguesía o las fuerzas patrióticas y democráticas bajo el mando del proletariado. El expansionismo hindú quiere mantener sus intereses en Nepal y su influencia sobre los partidos burgueses. La alianza entre el Congreso Nepalí (CN) y los partidos Madhesi que está aflorando en la Asamblea Constituyente, ha roto el acuerdo previo establecido entre nuestro Partido y los siete partidos parlamentarios. Se está produciendo ahora una polarización reaccionaria. Sin duda, el expansionismo hindú está detrás de esto y conspira contra las fuerzas democráticas y patrióticas del pueblo nepalí. La soberanía nacional y la integridad territorial están en serio peligro.
En semejante encrucijada, cuando las fuerzas reaccionarias están formando abiertamente una coalición, es el momento de llamar a las fuerzas democráticas y patrióticas a luchar en contra de esta capitulación nacional y a crear un frente unido para la toma del poder. Solo el poder de las fuerzas anti-feudales y anti-imperialistas bajo el liderazgo del proletariado podrán construir un Nuevo Nepal Democrático y defender así la integridad territorial y la soberanía nacional de la nación. No existe otro modo de salir de este punto muerto en que nos encontramos.

sábado, 26 de julio de 2008

Sobre la falacia de la Democracia burguesa


O presente artigo, do camarada AN, foi enviado polo CLP "Manolo Bello".


Sobor da cuestión da democracia burguesa.


A clase burguesa está obrigada, polas condicións historicas que lle permitiron apoderarse do poder politico, a enmascarar ésta. „ Un home un voto“, proclama, e os parlamentos saidos do sufraxio universal son unicamente as que terán o poder de lexislar. Pero en realidade, polo modo de escrutinio e a división eleitoral, pola corrupción e o xogo de influencias, e sobre todo pola presión administrativa e ideoloxica feita posibel polo mesmo goberno ( Conselleiros, radio, televisión) e polo poder do dinheiro ( prensa, partidos reaccionarios financiados polo capital...), esta democracia burguesa convirtese en formal e ilusoria, os gobernos surxidos do sufraxio universal son maioritariamente respetuosos respeito ao poder do capital e do Estado Burgués.


O estado burgués instaurou, como cuestión esencial do sistema, o principio da separación de poderes: o executivo é independente do lexislativo, e dicer, en realidade por enriba del, „ sendo a forma parlamentaria máis que un apendice enganhoso do executivo“ (Marx). Algumhas leis votadas non son aplicadas, ou son desviadas do seu obxetivo, o poder reglamentario ( faculdade do goberno ) invadirá o lexislativo, terá unha soberania propia, o parlamento nen sequera será consultada sobre as decisións que comprometen o futuro da nación.Baixo a dirección do executivo, o aparato administrativo e coercitivo do goberno reforzase máis e máis.


O cidadan enfrentase a el en todos os sensos , constatase a contradicción entre a igualdade nominal proclamada pola democracia dos capitalistas e as miles de restriccións e complicacións reais.Polo tanto o goberno capitalista, non cesa de afirmarse formalmente como un orgao por enriva da sociedade, e dicer das clases, como un arbitro e un conciliador. Esto é negar a realidade expresada na historia: „ O Estado é producto e manifestación do caracter irreconciliabel das contradiccións de clase. O estado surxe no sitio, no momento e no grao en que as contradiccións de clase non poden, pbxetivamente, reconciliar“ (Lenin)

Exemplo claro no Estado espanhol é a transición a democracia.

O goberno burgues non pode xustificar o seu pretendido papel de arbitro ou de conciliador sen aferrarse desesperadamente a esta ficción: O suposto caracter non antagonico das clases sociais. Toda a sua actuación, toda a sua propaganda está basada nesta mentira, proletariado e burguesía só mantenhen posicións secundarias e circunstanciais, que poderan ser reconciliadas por meio do „interes“ e a „participación“, realizando unha armoniosa „asociación capital-traballo“.A sociedade burguesa non é nunca estatica, senon que polo contrario, está permanentemente axitada pola loita de clases baixo diversas formas.


O emfrentamento proletariado-burguesia é permanente e entre estas duas clases antagónicas a relación de forzas fluctua sen cesar. Cando esta relación de forzas modificase a favor do proletariado, entón o goberno burgués pode intervir, non para un arbitraxe ou unha conciliación mediante a sociedade reencontraria o seu equilibrio, senon para compromisos provisionais que non son máis que etapas dunha loita que non pode desembocar nunha paz duradeira. Estes arbitraxes e conciliacións son a demostración e manifestación da loita de clases.


O goberno burgués e un orgao de dominación de clase, un orgao de opresión dunha clase por outra, é a creación do rede que legaliza e afianza esta opresión, amortiguando os choques entre clases. Mas cada vez máis suceden conflictos de clase, que obrigan ao goberno burgués a quitar a mascara. Entón intervenhen as forzas de represión para o mentemento brutal da orde burgués.


"O proletariado non pode conformarse con tomar o poder do Goberno existente e facer funcionar este instrumento tal e como está por conta propia. A primeira condición para conservar o poder politico,é transformar o aparato existente e destruir este instrumento de dominación de clase“ (Marx).-

viernes, 25 de julio de 2008

Contra la represión reaccionaria teocratica en Irán


Irán: La organización 8 de Marzo apoya a las estudiantes iraníes
30 de junio de 2008. Servicio Noticioso Un Mundo Que Ganar. Los siguientes son extractos de un volante publicado por la Organización de Mujeres 8 de Marzo (Irán-Afganistá n) el 28 de junio. Se titula “Estudiantes del mundo: apoyen las protestas de las estudiantes iraníes contra el abuso sexual por parte de las directivas universitarias y del gobierno”.

El 15 de junio, el acto valeroso de una estudiante provocó una enérgica protesta estudiantil en la Universidad Zanjan (a 320 kilómetros del noroeste de Teherán) contra la corriente anti-mujer. El vicerrector universitario le había pedido favores sexuales a cambio de ignorar sus malos “registros de moralidad” con la Oficina del Guardián de la Universidad y el Comité Disciplinario. Estando en una posición de autoridad, un esbirro del régimen islámico certificado oficialmente como “fiel al sistema”, tal como se les dice a los corruptos compinches de la estructura de poder en Irán, estaba demasiado seguro de que nunca se le denunciaría.
Pero esta vez “el hombre del sistema” fue descubierto con las manos en la masa exactamente en su “santa” oficina por estudiantes quienes filmaron su no tan “santa” insinuación sexual. Los estudiantes informaron inmediatamente a otros en el campus y las protestas empezaron. Unos 3.000 de los 7.000 estudiantes en esta universidad realizaron varias acciones durante varios días, que terminaron en un plantón. Los funcionarios del gobierno viajaron rápidamente a la ciudad para impedir que las protestas se difundieran a otros campus. Los estudiantes exigieron el despido inmediato de este vicerrector y del rector de la universidad (ambos amigotes del [presidente Mahmoud] Ahmadinejad) . Los estudiantes también exigieron la exoneración a la intrépida estudiante, quien corrió un gran riesgo al denunciar a este sinvergüenza. Los directivos que negociaron con los estudiantes aceptaron todas las demandas a cambio de finalizar la protesta. Cientos de estudiantes vigilantes y alertas hicieron una advertencia de no acabar con la protesta, pero los estudiantes que apoyan la llamada “facción reformadora” del régimen contribuyeron a engañar a los manifestantes para que aceptaran el trato. ¡Inmediatamente después de que los estudiantes acabaron la huelga, la policía arrestó a la estudiante! El fiscal de Zanjan declaró: “Denunciar un pecado es mucho peor que cometerlo”.
Hace un año, en la Universidad Razi en Kermanshah (una ciudad kurda al oeste), el director de la Oficina del Guardián fue denunciado por abusar sexualmente de una estudiante. Fue arrestado y detenido por tres días, pero ella todavía está en prisión bajo “investigación” . Hace varios meses, tres estudiantes de la Universidad Sahand en la ciudad de Tabriz (la capital de la provincia norteña de Azerbaiján) denunciaron que varios directivos universitarios, desvergonzados de la Oficina del Guardián y uno de los rectores de la universidad las habían presionado para hacerse sus esclavas sexuales. Las estudiantes de esta universidad organizaron una exitosa huelga que hizo eco por todo el país, lo que obligó a las igualmente infames autoridades a prometer una “investigación” . Pero no pasó nada.
En la República Islámica de Irán la imposición de códigos morales religiosos a través de la represión de las mujeres se usa como una política de “seguridad nacional” para “garantizar la cohesión social”. Esto lleva a la policía a arrestar y a abusar de miles de mujeres cada año. Hace varios meses un escándalo en Teherán puso al desnudo la verdadera cara de la policía de la moralidad islámica: el jefe de la policía de la capital, quien había iniciado una cacería contra lo que llamó la “juventud insolente” y las “mujeres inmorales con el hijab incompleto” (pañuelo con que se cubre la cabeza), fue atrapado en su casa con seis mujeres desnudas a quienes mantenía como esclavas sexuales. Este escándalo ocurrió como consecuencia de la intensa rivalidad entre las diferentes facciones de las estructuras del gobierno. Él era uno de los piadosos hombres de Ahmadinejad y del “Líder” [el ayatolá Ali Jamenei].
Esta situación desencadenó protestas estudiantiles en varias universidades iraníes, las cuales se propagaron más. Los estudiantes exigen la disolución de las Oficinas del Guardián y el despido de las directivas universitarias impuestas por el gobierno. Además, exigen la libertad de la valiente estudiante de la Universidad Zanjan, que en lugar de llegar a suicidarse dejó expresarse de golpe la amargura acumulada de todas las estudiantes. Los estudiantes exigen la libertad total para todas las víctimas de abuso sexual en las ciudades universitarias y que éstas pasen al frente y hablen de estos agravios.
La República Islámica es sólo uno de los otros estados reaccionarios que odian a las mujeres en un mundo dominado por el imperialismo y el capitalismo. Este régimen conduce a Irán a través de una teocracia islámica y una globalización capitalista desbocada, y en el corazón de ambas está la extrema opresión de las mujeres. La opresión quebranta e impide que se desenvuelvan las mujeres de Irán, pero también las convierte en rebeldes formidables. Llamamos a los estudiantes de las universidades del mundo a tomar partido con las estudiantes rebeldes de Irán. Su rebelión representa una gran esperanza para el pueblo de Irán y para el movimiento de la mujer de Irán. ¡No debemos permitir que esta flor se marchite en el capullo!
(Para hallar más información, haga click en “other languages” (hay textos en francés, inglés y alemán) en el portal www.8mars.com. Contacto: zan_dem_iran@ hotmail.com) .

Stalin-Un novo olhar



Comentário sobre o livro "Stalin - Um novo olhar", Rio de Janeiro,

Editora Revan, 2003


João Quartim de Moraes*

Requer coragem intelectual desafiar o maciço e tenaz preconceito que cerca a imagem de Stalin, indissoluvelmente associada, para a grande maioria de nossos contemporâneos, mais ainda do que ao exercício ditatorial do poder político soviético, ao uso crescente de métodos policiais de controle e aniquilamento dos oponentes. Coragem ainda maior era preciso para publicar, em 1994, quando longas colunas de desertores, perplexos e desanimados, abandonavam as fileiras do comunismo, um estudo propondo-se a “redescobrir a verdade revolucionária sobre o período dos pioneiros”. O próprio Ludo Martens reconhece, no Prefácio de seu estudo político-biográ fico, não ser fácil “levantar-se contra o furacão da propaganda anti-stalinista” . Para enfrentar a empreitada, dispunha de um aprofundado conhecimento histórico e de uma arraigada convicção de estar reparando injustiças e desmistificando imposturas. Com efeito, como bem assinalou o editor Renato Guimarães em sua apresentação à tradução brasileira, publicada exatamente meio-século depois da morte do homem cuja memória foi objeto de combates tão ásperos como os que em vida ele próprio enfrentou, “é um livro muito documentado, que resulta de anos de trabalho paciente e minucioso de pesquisa”.

Antes mesmo de abrir o livro, parecia-me que, se Stalin tinha muitos defeitos, os burgueses e os imperialistas detestam-no, sobretudo por suas qualidades. Ganhei muito em começar a leitura pelo começo: a apresentação de Renato Guimarães, com efeito, repõe a questão com a lúcida serenidade e a honradez intelectual dos que não se impressionam com o alarido das idéias dominantes, mesmo quando envolvidas em celofane “de esquerda”. Distingue com precisão a importância da contribuição de Martens das questões que ele deixou em aberto ou respondeu insatisfatoriamente , observando, notadamente, não ser aceitável a suposição de que, “não fossem as deserções e traições a Stalin”, “tudo estaria bem na URSS”1 .

Mesmo porque não se pode confundir Khruschev com Gorbachev, nem, muito menos, com Boris Ieltsin, o czar da máfia. Afinal, durante as mais de três décadas e meia que transcorreram entre a ascensão de Khruschev ao poder e o colapso de 1991, a URSS não somente assegurou a toda a humanidade o equilíbrio militar de forças, como também internamente, preservou os valores socialistas evocados num sóbrio e equilibrado e, por isso mesmo, ainda mais convincente depoimento pessoal de Renato Guimarães:

“[...] havia ainda no povo (da URSS) muito apoio e crença no socialismo. Estava disseminado na população um espírito de solidariedade comunitária que jamais encontrei em outro país, embora tenha viajado bastante. O emprego com salário era assegurado a todos, os direitos sociais básicos – educação, saúde, habitação, transporte público eram gratuitos para todos e eram atendidos com eficiência e dedicação pelos profissionais que deles se ocupavam. Os alimentos de largo consumo -pão, leite, vegetais, carne - eram subsidiados pelo Estado e vendidos a preço baixo no comércio, num sistema compensado por preços altos nos artigos de luxo e supérfluos. Também a vida cultural – teatro, cinema, música, ballet, literatura, museus - era largamente subsidiada, para tornar-se hábito disseminado na população. O padrão de vida material era na média modesto, porém sem fortes contrastes e no mínimo decente para todos”2 .

Por isso, os muitos que, na esquerda, para diabolizá-lo, negam-lhe compulsivamente qualquer mérito, acabam fazendo coro com a propaganda burguesa, a neoliberal e até mesmo a neonazista. Bastará um exemplo: na Alemanha reunificada sob a égide do reacionário Kohl, toda uma "escola" de historiadores anti-comunistas de choque esforça-se por provar, através de hipóteses que seriam apenas ridículas se o assunto não fosse trágico, que o ataque de surpresa de Hitler à União Soviética em 1941 foi "preventivo" , porque Stalin preparava uma ofensiva contra o III Reich 3.

Não esconder suas simpatias e suas antipatias não é um defeito, antes um ato de sinceridade para com o leitor. Às vezes, porém Ludo Martens deixa-se levar pelo zelo antitrotskista em detrimento do aprofundamento histórico-crítico dos grandes temas controversos. Assim, no segundo capítulo, que trata da construção do socialismo num só país, consagra-se quase exclusivamente a criticar a posição politicamente derrotista de Trotski, que fazia depender a possibilidade de avançar no rumo do socialismo de uma cada vez mais improvável vitória revolucionária do proletariado nos países europeus economicamente avançados. Só no final deste capítulo, muito de passagem, e ainda assim para chamá-lo de “sombra obscura” de Trotski, refere-se a Bukharin (p. 61). Não informa que foi ele, e não Stalin, o principal teórico do “socialismo num só país”. Nem, portanto, que no estudo Problemas da edificação socialista, publicado em 1926, Bukharin critica contundentemente as concepções de Trotski sobre a impossibilidade “de a classe operária russa se manter no poder e transformar sua dominação provisória em ditadura socialista durável sem o apoio governamental direto do proletariado europeu”. “Nenhuma dúvida é possível nesta questão”. Bukharin classifica essas teses de Trotski (que fazem parte de um texto publicado em 1922, quando a República dos Soviets lutava desesperadamente para sobreviver) como “a tradução russa da variante social-democrata de Bauer” e acrescenta que assim se explica porque Trotski “está lado a lado com o renegado Korch [...] e seus amigos 4”.

A consolidação do fascismo na Itália, a chegada ao poder, na Alemanha, de Adolf Hitler com o claro objetivo de destruir o Partido Comunista, então o maior do mundo depois do soviético, a escalada bélica de Mussolini, da Etiópia à intervenção na Espanha para apoiar a sedição reacionária de Franco e consortes, foram configurando mais e mais, ao longo dos anos 30, o espectro de uma guerra planetária pior ainda que a de 1914-1918. A situação dramática da União Soviética, cercada por potências imperialistas hostis, empenhadas em varrê-la da superfície do planeta, exigia iniciativas rápidas e audaciosas: “havia um prêmio para a ação pronta e decidida” 5. Isaac Deutscher, em seu Stalin, esforçando-se para não deixar a aversão política que seu biografado lhe inspira atropelar seu dever de historiador, reconheceu que seu (da URSS) aparelho material de produção, que em torno de 1930 era ainda inferior ao de qualquer nação européia de médio porte, tinha se expandido tanto e tão rapidamente que a Rússia é agora (em 1949, quando publicou-se a primeira edição deste livro de Deutscher) 6 o primeiro poder industrial na Europa e o segundo no mundo. Durante pouco mais de uma década[...] sua população urbana cresceu cerca mais de trinta milhões. O número de escolas de todos os graus foi impressionantemente multiplicado. A nação inteira foi mandada para a escola 7.

O alcance e os limites históricos dos Planos Qüinqüenais lançados por Stalin são sobejamente conhecidos. Viabilizaram extraordinários êxitos econômicos, que em poucas décadas fizeram da URSS a segunda potência mundial, após terem assegurado a produção bélica necessária para derrotar e aniquilar o nazismo. Caracterizemo- los ou não como socialistas, sem o colossal esforço da industrializaçã o acelerada dos anos 1930, a República dos Soviets não teria sobrevivido à sanha dos que queriam apagá-la do mapa-múndi. O heroísmo do povo soviético não explica tudo.

O sétimo e mais longo capítulo do livro, “O grande expurgo” (pp.163-247) , enfrenta o lado sombrio do regime de Stalin. É incontestável que assim como durante a revolução francesa de 1789-1793, os chefes da reação feudal-absolutista, derrotados no plano interno, apelaram para a intervenção armada das grandes potências, os contra-revolucioná rios russos de 1917-1921 fizeram causa comum com os governos imperialistas dispostos a sufocar no nascedouro a República dos Soviets. O custo humano destas intervenções foi imenso. “Durante a guerra civil, que fez nove milhões de mortos, a burguesia combateu os bolcheviques com as armas na mão. Derrotada, o que poderia fazer?[...] Preparar as condições do golpe de Estado burguês” (p. 166). Para continuar a guerra civil por outros meios, a reação derrotada recorreu, com efeito, aos métodos conspirativos. Procurando garantir a objetividade dos fatos que reconstitui, o autor cita quase sempre aqueles adversários da revolução que reconheceram espontaneamente, em livros publicados na Europa Ocidental, terem participado de atos de sabotagem e de terrorismo, inclusive de tentativas de assassinar Stalin (p. 171).

Decidir se o terror bolchevista era ou não inelutável é tão problemático quanto saber se sem a guilhotina os jacobinos teriam levado a suas plenas conseqüências a revolução democrática burguesa na França. Para os que o consideram congenitamente propenso ao despotismo e ao terrorismo de Estado, sequer se põe a questão de explicar como o poder exercido por Stalin assumiu caráter terrorista: ele já o seria desde sempre. Os fatos são mais complexos. Em 1º de dezembro de 1934, Kirov, que ocupava o segundo lugar na hierarquia de comando do regime, foi assassinado. Segundo Ludens, “a primeira reação de Stalin foi desordenada e refletia certo pânico” (p. 177). Só alguns meses depois, convencido de que o crime havia sido o prólogo de um golpe de Estado, ele desencadeou a campanha repressiva que culminou nos expurgos de 1937-38, cujos episódios mais célebres são os processos de Moscou, que liquidaram boa parte da chamada “velha guarda” bolchevista. No tópico que lhes consagra (“O processo do grupo social-democrata bukharinista” , pp.195-217), Martens exibe os limites de sua objetividade. Um exemplo, entre outros, que concerne a Bukharin: em 1936, enviado a Paris, ele foi convidado a exilar-se e fundar um jornal de oposição no estrangeiro. Respondeu que não queria viver fora da Rússia. Martens comenta, após referir o episódio: “sua resposta evasiva demonstrava que ele não adotava uma atitude de princípio” frente “à proposição provocadora de dirigir uma revista antibolchevique no estrangeiro” (p. 202). Mais objetivo teria sido notar que a despeito de suas hesitações e, provavelmente, de um certo desalento, Bukharin voltou para a pátria socialista, embora soubesse ser muito grande a probabilidade de ser atingido pelo grande expurgo. Ainda teve tempo, antes de ser processado e executado, de dirigir o Izvestya e de participar da redação da nova Constituição soviética.

O ano de 1936 marcou o início do que viria a ser o primeiro ato da II Guerra Mundial. Na Espanha, onde a Frente Popular vencera as eleições, uma sedição militar-fascista comandada pelo grande carniceiro Francisco Franco recebeu forte apoio bélico de Hitler e de Mussolini, por mar, terra e ar, além da simpatia de Salazar. A França e a Inglaterra recusaram-se reiteradamente, em nome da “neutralidade” , a vender armas para o governo legítimo da República espanhola. Do governo conservador inglês de Baldwin não se poderia esperar qualquer simpatia pelo povo espanhol em armas 8. Mas de um governo de Frente Popular, como também era o francês, chefiado pelo socialista Léon Blum, só a mais hipócrita covardia explica que tenha abandonado à sanha do nazi-fascismo os que defendiam na Espanha o mesmo programa. O ódio cínico da direita francesa, que proclamava descaradamente preferir Hitler à Frente Popular, não justifica de modo algum a atitude infame de Léon Blum, mas explica a vergonhosa capitulação da França em 1940.

O governo de Stalin foi o único que assumiu o risco de lutar ao lado da República espanhola. Entretanto, ao tratar deste período, em vez de evocar a participação dos soviéticos na luta do povo espanhol contra o fascismo, Ludo Martens, deixando-se levar uma vez mais pelo zelo polêmico contra o trotskismo, consagra o oitavo capítulo a uma crítica contundente do “papel de Trotski às vésperas da II Guerra Mundial”. Muito mais importante teria sido analisar o papel traidor da social-democracia na guerra civil da Espanha.

Poucas vezes como naquele momento da história universal, em que se exacerbava a polarização internacional opondo os amigos e os inimigos da União Soviética colocou-se, para cada um e para a opinião pública em seu todo, a impostergável necessidade de tomar partido. Para o movimento operário internacional e para o conjunto das forças antifascistas, a hora era de cerrar fileiras em defesa da República espanhola e da União Soviética. Sem dúvida, esta polarização contribuiu para cristalizar na URSS uma rígida ditadura em que se combinavam a superposição do Partido comunista à máquina do Estado e a extrema concentração deste poder burocratizado na pessoa do dirigente supremo. Qual povo, entretanto, resistiu com maiores sacrifícios e abnegação aos exércitos nazistas?

No primeiro tópico do capítulo 9 (“Stalin e a guerra anti-fascista” ), Ludo Martens põe a nu toda a perfídia da diplomacia francesa e britânica, que se recusavam, recorrendo aos mais torpes artifícios, a concluir uma aliança militar com o Estado soviético, única maneira de colocar o nazi-fascismo na defensiva. É que, na verdade, estavam empenhadas em dirigir contra a URSS os ânimos guerreiros do expansionismo nazista. Responde assim com incontestável rigor histórico aos numerosos plumitivos do aparelho ideológico do capital que, com inigualável hipocrisia, afetam indignação a propósito do pacto nazi-soviético de 1939, ocultando que constituiu a réplica, estrategicamente lógica, ao pacto liberal-nazista de 1938, concluído em Munique, entre Daladier, Chamberlain (chefes de governo respectivamente da França e da Inglaterra) e Hitler, ao qual foi entregue a Tchecoslováquia. (O governo soviético, a despeito do tratado de defesa mútua que havia assinado com o governo tcheco, foi mantido fora das negociações anglo-franco- alemãs).

A análise da guerra patriótica do povo soviético contra o nazismo (do tópico “O dia do ataque alemão” ao final do capítulo 9) restabelece a verdade histórica grotescamente deformada pelo anti-comunismo militante. Deixemos de lado os admiradores mais simplórios do Tio Sam, que, conhecendo da II Guerra Mundial sobretudo os filmes de Holywood, imaginam que o curso da guerra virou graças ao festejado desembarque anglo-estadunidense na Normandia, em junho de 1944. Os nazistas já haviam então sido destroçados em Stalingrado (1942-1943) e em Kursk (1943) pelo Exército Vermelho. Mas tampouco Isaac Deutscher faz justiça aos fatos ao admitir apenas que “a regeneração do Exército, de sua moral e de seu escalão de comando foi uma das mais notáveis realizações da Rússia, para a qual algum crédito era devido a Stalin” 9. Toda avaliação comporta inevitável influxo subjetivo, mas aqui, o eminente historiador agride até o bom senso. Se Stalin, como ele procura demonstrar com zelo crítico comparável ao zelo apologético de Martens, era o ditador temido e terrível da União Soviética, se ele concentrava em suas mãos as decisões de alcance estratégico, seu crédito na direção da guerra de 1941 a 1945, notadamente na condução da gloriosa contra-ofensiva do Exército Vermelho e do povo soviético contra as hordas hitlerianas, não há de ter sido apenas “algum”. Não se lhe pode negar ter conduzido seu povo para uma vitória militar decisiva.

A derrota, após a morte de Stalin, numa surda e violenta luta nos bastidores do poder de Estado soviético, do grupo que lhe estava diretamente ligado e a publicação, por iniciativa de Nikita Khruschev, do célebre relatório apresentado ao XX Congresso do PC soviético em 1956, transformaram a imagem do até então “Guia Genial dos Povos” na de um déspota frio e sanguinário. Diferentemente dos “jacobinos moderados” de 1794, que guilhotinaram Robespierre, Khruschev e seu grupo de “thermidorianos” soviéticos tiveram de fuzilar Beria no lugar de Stalin. Tentavam, destarte, exorcizar as violências e zonas de sombra da construção do socialismo. Mas um exorcismo não é uma explicação. Só os simplórios levaram a sério a tese de que o grande expurgo e o terror vermelho foram decorrências do “culto à personalidade” de Stalin.

Ludo Martens teria atingido melhor seu objetivo principal, desmistificar os satanizadores de Stalin, se tivesse se abstido de amalgamar suas opiniões e convicções pessoais com o trabalho do historiador. Assim, no tópico do capítulo final consagrado aos “inimigos reabilitados” por Khruschev, ele se refere aos “oportunistas e inimigos do leninismo, enviados a justo título à Sibéria, sob Stalin” (p. 337). Tal ao menos como está redigida, a frase sufraga o envio à Sibéria de culpados de delito de opinião. Soljenitsin, um dos mais célebres reabilitados, era sem dúvida um ardoroso reacionário e um apologista da contra-revoluçã o. Mas, na medida em que manipulou palavras e não bombas, em que agrediu a revolução com frases e não com atentados, não nos parece justo achar justo que tenha sido enviado à Sibéria.

Para bom leitor, meio epílogo basta. Deixemos os liberalóides de todos os gêneros fremir de horror à simples menção de seu nome 10: a burguesia internacional detesta Stalin sobretudo pela extremamente incômoda lembrança da bandeira vermelha tremulando no Reichstag de Berlim em 1945. Os marxistas, especialmente os comunistas, têm o dever intelectual e político de não deixar o debate sobre Stalin ser monopolizado pelos reacionários. Na medida em que, até por suas unilateralidades (ou “rasgos de paixão” 11 ), reanima este debate, o livro de Ludo Martens merece ser lido e discutido.


* Professor do Departamento de Filosofia, IFCH, Unicamp.

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1 Stalin, apresentação, p. 11.

2 Ib., pp. 12-13.

3 Assim, Der Spiegel (6) 1996, pergunta na capa quem foi “o agressor”, Hitler ou Stalin. A resposta, apoiada em obras então recém-publicadas de três historiadores alemães empenhados em melhorar a imagem do grande celerado da cruz gamada, é de que foi Stalin. Com atraso de vários anos, esta mistificação historiográfica de neo-liberais e neo-nazistas foi retomada, entre nós, em patamar intelectual bem mais baixo, pelo anti-comunista profissional O.de Carvalho, num artigo publicado na Folha de São Paulo de 18-XII-2003, sob o título, de indigente ironia, “A grandeza de Josef Stalin”.

4 Bukharin, Le socialisme dans un seul pays, Paris, UGE (Coleção 10-18), 1974, pp. 255. O editor francês não esclarece se a ênfase no texto de Trotski é dele próprio ou de Bukharin. O livro é uma coletânea de artigos de Bukharin, publicados no Pravda, em Cadernos do Comunismo ou então sob forma de brochuras, todos datan-do de 1925-26. O responsável pela compilação, J. L. Dallemagne, retoma globalmente, em sua apresentação dos textos, o ponto de vista trotskista sobre a questão, condenando, com a impertinente arrogância do esquer-dismo intelectual francês, a “traição” de Bukharin, ao “renunciar à revolução internacional, preferindo-lhe a construção ilusória do ‘socialismo num só país’, isto é, subordinando os interesses do proletariado mundial aos do Estado soviético”. A acusação é ritual na liturgia trotskista. Formulada nesse grau de primarismo, não merece ser discutida, mesmo porque não se pode levar a sério a pretensão de Monsieur Dallemagne e consor-tes de falar em nome do “proletariado mundial”. É de resto muito francesa a opinião de que se prefere um programa político (no caso, o “socialismo num só país”) a outro (a revolução mundial) como se escolhe um prato no cardápio de um restaurante. Mais patética é a caracterização do programa de Bukharin como uma “ilusão criminosa”. Pobre Bukharin! Seu destino era mesmo ser criminalizado! Cf. a apresentação de Dallemagne a Le socialisme dans un seul pays”, op., cit., pp. 32-3.

5 Cf. Thomas Angotti, “The Stalin Period: opening up History”, Science and Society, 52 (1), 1988, p. 19.

6 As passagens entre parêntesis são minhas (JQM).

7 Isaac Deutscher, Stalin, Londres, Penguin Books, 1966, p. 553.

8 Vale lembrar que as forças sediciosas se encontravam concentradas em larga medida no Marrocos, às ordens do general Franco. Compunham-se de tropas coloniais, inclusive legionários, e de contingentes marroquinos, recrutados nas camadas mais atrasadas das regiões sob “protetorado" espanhol. Mercenários aguerridos, sedentos de pilhagem, bem treinados e equipados, os moros de Franco tinham de fazer junção na Andaluzia com as tropas do outro chefe golpista, Queipo de Llano, para retomar a ofensiva. O problema era fazê-los atravessar o estreito de Gibraltar. A maioria dos navios de guerra espanhóis, graças à vigilância democrática dos marinheiros e dos suboficiais, permanecera com a República, bem como boa parte da Força Aérea (a única arma onde os oficiais, em sua maioria, recusaram-se a participar do golpe). Nessa hora difícil, Hitler e Mussolini tiraram Franco do impasse. Em 29 de julho de 1936, menos de duas semanas depois de desfechado o golpe, a Luftwaffe pôs em funcionamento uma ponte aérea entre Tetuã (Marrocos) e os aeroportos andaluzes de Sevilha e de Jerez. Em dois meses, numa ofensiva fulminante acompanhada das piores atrocidades contra os defensores da República (em Badajoz correram literalmente rios de sangue; em Toledo, mais “higiênicos”, os fascistas realizaram suas rotineiras execuções em massa à beira da fossa comum), as tropas coloniais de Franco chegaram às portas de Madri. Lá foram detidas, entretanto, pelos operários e estudantes do glorioso 5º Regimento de Milicianos, organizado e comandado pelo comunista Enrique Lister.

9 Ib., p. 484.

10 Os mais desonestos continuarão a fabricar caricaturas grotescas, porque vivem disso. Um certo Stéphane Courtois organizou, com o objetivo de imputar ao comunismo a responsabilidade de hecatombes humanas iguais ou piores que as dos hitlerianos, um Livre noir du communisme, distribuído com grande apoio "mediá-tico", no qual, através de manipulações contábeis, o número das vítimas do comunismo é exponencialmente engrossado. De qualquer modo, se é para enumerar, ainda que os comunistas fossem responsáveis, desde 1917, pela cifra grosseiramente exagerada por Courtois e outros dogues adestrados no canil mediático da reação, teriam matado muito menos do que o colonialismo.

11 A expressão é da apresentação de Renato Guimarães, p. 13.

miércoles, 23 de julio de 2008

Posición del MRP-mlm frente al Referendum



¡Ni fascismo de la “Media Luna”, Ni reformismo del MAS!
NO VOTAR; Organizar al pueblo para la revolución


Los últimos seis meses han servido solamente para mostrar la creciente pugna entre las facciones de la gran burguesía por la administración del viejo Estado: de un lado la burguesía burocrática y por otro ladola burguesía compradora.
En este periodo se presenta una intensa lucha de las facciones burguesas en distintos planos: en lo económico, en lo político y en lo ideológico.
En el plano económico, la facción burocrática –representada por el Movimiento al Socialismo MAS–aplica una política monetaria neoliberal, rebaja salarial, desempleo en aumento, creciente inflación de productos de primera necesidad; la facción compradora y terratenientes –representada por prefectos, comités cívicos, agroindustriales– desarrollan explotación laboral y elevan los precios de los alimentos aduciendo variaciones de precios en el mercado internacional.
En lo político, se han producido movilizaciones de masas cooptadas por una y otra facción burguesa; utilización de grupos de choque fascistas por la compradora, como también de masas, personal militar y policial en guerra de baja intensidad por parte de la burocrática; lanzamiento de acusaciones de cometer inconstitucionalidad en leyes promovidas por ambas facciones; moviéndose éstas entre la colusión y la pugna.
En lo ideológico, el recurrir a un falso debate de ideas entre centralismo y regionalismo, que se traduce en la lucha por una nueva Constitución Política del Estado corporativa y las “autonomías” presentándolas como si fueran visiones antagónicas e irreconciliables cuando son complementarias y necesarias para el viejo Estado; ambas facciones están por la defensa de la democracia burguesa y la lucha contra el marxismo.
De esta manera, el camino burocrático, el camino del imperialismo y de la reacción nativa se repite en distintos momentos de nuestra historia, en un constante péndulo de la administración del Estado por parte de las facciones: unas veces intentando aplicar el modelo cepalino de desarrollo, impulsado por la facción burocrática, donde se pretende que el viejo Estado tenga una mayor intervención en el proceso económico, llevando adelante incluso “nacionalizaciones”; y otras veces aplicando el modelo neoliberal, por parte de la facción compradora, que reduce el aparato estatal acusándolo de ineficiente y burocrático, realizando procesos de privatizaciones y ventas de empresas estatales, y promoviendo capitalismo monopolista no estatal.
Como podrá verse, cambia el modelo pero el sistema se mantiene; es decir, el desarrollo del capitalismo burocrático que se desenvuelve en nuestro país no puede seguir como antes, por lo que busca su reimpulso y la reestructuración del Estado, con el apoyo del imperialismo no sólo yanqui sino también europeo, quienes son los que actualmente brindan el mayor apoyo al gobierno del MAS, y los que mayor inversión extranjera realizan en el país en la explotación de nuestros recursos naturales.
Ahora, en vísperas de elecciones y a un mes del referéndum revocatorio para Evo y los prefectos, las facciones de la gran burguesía se encuentran enfrascadas en dimes y diretes, sacándose los trapitos al sol y llevando a las masas tras la borrachera electoral y su camino burocrático, tratando de salvar su institucionalidad burguesa. Cada día que pasa, la situación de las masas no ha cambiado por lo que van tomando mayor conciencia política de los nefastos planes de ambas facciones y que nada ganan ni ganarán de los procesos electorales, bregando por construir la vanguardia revolucionaria para la conquista del poder dentro del camino democrático del pueblo.


¡Ni fascismo de la “Media Luna”, Ni reformismo del MAS!


NO VOTAR; Organizar al pueblo para la revolución


Frente Revolucionario del Pueblo
Bolivia, Julio de 2008

domingo, 20 de julio de 2008

Bolivia; El referéndum revocatorio de Agosto


El presente articulo nos fue enviado por los camaradas del CEP*



Referéndum revocatorio: el MAS busca legitimarse y la "media luna", fortalecerse

Bolivia, 14 de julio de 2008.- Con la Asamblea Constituyente del MAS fracasada y las autonomías de la "media luna" frustradas, ambos contendientes pactaron a regañadientes el camino distractivo de convocar a la población a las urnas para que vote por uno u otro proyecto.

El referéndum revocatorio del 10 de agosto es sólo otra pulseta entre el MAS de Evo Morales y los prefectos de la "media luna" para legitimar sus respectivos proyectos de salvación del viejo Estado: el MAS con un proyecto de "nacionalización" (renegociación de contratos con el capital imperialista) y la "media luna" aliada a los terratenientes y en busca de regresar a las medidas "neoliberales". Al final ambos plantean reformas estatales que, respectivamente, buscan legitimar a una u otra facción.

Si bien ninguno quería ir a las urnas, las reuniones entre prefectos y Evo Morales, así como las de sus respectivos técnicos no rindieron frutos. Entonces el referéndum revocatorio resolverá sus problemas de pugna por la dirección del aparato de gobierno, pero está lejos de solucionar los problemas de inflación, desempleo, pobreza, hambre y precariedad en la que vive el pueblo.

Sin embargo la pelea electoral ha comenzado. Los opositores utilizan el suceso del 22 de junio, en Yacuiba, para restarle votos a Evo Morales. En esa fecha, referéndum por la autonomía departamental en Tarija, el subteniente de Ejército y miembro del cuerpo de seguridad del Presidente de la República, Georges Nava, fue arrestado en posesión de armas reglamentarias, credenciales oficiales, documentos, explosivos, cuerdas y otros implementos inmediatamente después de una explosión en la puerta de un canal de televisión, permanentemente acusado por el Gobierno de ser opositor.

Junto con Nava estaba otro militar y una veintena de personas llegadas expresamente a Yacuiba (se registraron en un hotel) para ese día. La oposición se ha enfrascado en investigar a Nava y sus actividades, mientras que el Gobierno se limita a decir que todo es un acto montado por sus adversarios.

Otro elemento preelectoral ha sido el "descubrimiento" de graves irregularidades en la emisión de cédulas de identidad, documento habilitador para votar, por parte del programa "Yo existo, existe Bolivia" del gobierno. El primer hecho denunciado fue la emisión de cédulas en una sede del MAS (tarea exclusiva de la Policía Nacional) y el otro hecho fue la confirmación de 35 mil cédulas duplicadas a nivel nacional (por ejemplo un mismo nombre con números de cédula diferente, etcétera).

Para contrarrestar esa "campaña", el presidente Evo Morales regala ambulancias, dinero en efectivo y otras prebendas a sindicados, alcaldías, clubes de fútbol, escuelas, etcétera, para ganarse votos. Su programa "Bolivia cambia, Evo cumple" es financiado por fondos venezolanos en cuestión de "horas", porque Evo insiste en que el Banco Central de Bolivia y el Tesoro General de la Nación tardan demasiado en facilitar el efectivo.

El gobierno además propagandiza los bonos (a escolares y ancianos) que ha introducido en su gestión, y otras medidas caritativas que de ninguna manera han cambiado la situación económica de la población. Entretanto, los prefectos de la "media luna" están sumidos en contradicciones pues algunos (como el ex militar y prefecto Manfred Reyes Villa) temen perder y por eso se niegan a aceptar la consulta.

Mientras el gobierno pregona que el referéndum revocatorio es el sumum de la democracia, en realidad éste fue aceptado dentro de un mero cálculo político después de que fracasaran los encuentros entre el Presidente y los prefectos, y entre sus respectivos técnicos.

A pesar de esto, algunos grupos plantean que el referéndum va a determinar si el MAS "sigue el camino legalista… o cambiar las tácticas hacia movilizaciones revolucionarias de las masas". Evo Morales, no su entorno, les tapó la boca el pasado sábado 12, cuando dijo "si soy ratificado garantizaremos la aprobación de la nueva Constitución. Buscaremos cómo juntar, con paciencia, las propuestas de estatutos autonómicos (planteados por la 'media luna')…".

En realidad tanto el MAS como los políticos de la "media luna" están sentando bases para conciliar sus intereses, buscan la negociación política para que el supuesto modelo autonomista (burguesía compradora y terratenientes) y el supuesto "proceso de cambio" del MAS (programa de la burguesía burocrática) encuentren una válvula de escape que les permita convivir, aunque con la primacía de cualquiera de las dos.




* El Centro de Estudios Populares de Bolivia (CEP) es una organización sin fines de lucro, que cuenta con un equipo multidisciplinario, dedicado al estudio y análisis de la realidad boliviana con un compromiso con los sectores explotados que luchan permanentemente en defensa de sus derechos democráticos. El objetivo de CEP es luchar junto a nuestro pueblo por construir una verdadera alternativa transformadora en base al conocimiento de la realidad objetiva de los hechos que suceden en Bolivia.

sábado, 19 de julio de 2008

72 Aniversario del inicio de la guerra civil revolucionaria



El 18de Julio de 1936 en la Republica Española una mayoria del ejercito apoyado por organizaciones fascistas y reaccionarias y con el respaldo de la iglesia catolica y de la gran banca, se sublevo contra el gobierno del Frente Popular. En medio del hundimiento de administración burguesa republicana, la clase obrera y el pueblo trabajador, sus organizaciones politicas y sindicales enfretaron a los militares reaccionarios dando comienzo a una de las mas importantes epopeyas del siglo XX la guerra civil revolucionaria española, mas conocida como la guerra civil española. Autentica guerra de clases, campo de batalla internacional de las potencias imperialistas y centro de un poderoso movimiento revolucionario .-

Debate sobre la Revolución en Nepal, nueva respuesta de Correo Vermello



Una nueva respuesta a los camaradas de la UOC-mlm.

UOC-mlm
Colombia

Estimados camaradas:

Una vez mas gracias por vuestra respuesta en el numero 246 del RO, que hemos leido con atención y no sin preocupación.
Con atención, para tratar de comprender vuestros analisis y poder profundizar en el debate y con preocupación por ver que se reiteran en sus posiciones sin mas referencia que los artículos de la revista la Negación de la Negación.
Comprendemos que como comunistas y revolucionarios les preocupe, como a nosotros, el desarrollo de la revolución en Nepal.
Todos hemos visto con alegría su desarrollo y a lo largo de estos años hemos tratado de comprender el mismo, como Uds. sin embargo hemos llegado a distintas conclusiones.
Hemos manifestado nuestra solidaridad, por diversos medios en Europa y participamos en la creación en Galiza (España) del Comité Galego de Solidariedade co Nepal, que viene desarrollado diversos actos de apoyo a la causa revolucionaria en Nepal desde el 2004 Hemos estudiado atentamente los documentos, que fundamentalmente en español, se han publicado, otros los conocemos por traducciones parciales o no profesionales. Lo hemos debatido, unos los compartimos, otros no, como Uds, sin embargo parece que hemos llegado a distintas conclusiones. Conclusiones opuestas, contradictorias, pero como se dan entre comunistas entre revolucionarios no las consideramos inicialmente como antagónicas aunque podamos criticarlas, debatirlas, siempre de forma franca y camaraderíl.
Creemos que debemos actuar asi, no por liberalismo sino para poder curar al enfermo, para hacerles ver sus equivocaciones, para profundizar en el conocimiento del pensamiento proletario. Rechazamos por lo mismo el pantano del eclecticismo revisionista y sus ambigüedades
No los vamos a descalificar, como hacen uds. con la dirección del PCN (m). Queremos que sigamos caminando juntos por el sendero de la Revolución, del Comunismo.
Creemos que hay que actuar como los camaradas maoístas indios, que han manifestado su desacuerdo con diversas posiciones expresadas por la dirección del PCN (m) y debaten dentro de la misma trinchera, con seriedad y conocimiento. estudiando las tesis y valorando la realidad concreta de cada proceso.
¿Como se debe enfrentar un debate entre comunistas.?
Esto nos lleva a la cuestión de como debemos tratar las diferencias entre comunistas.
En el pasado se han utilizado muchas etiquetas y cualquier error o incomprensión fue calificado de revisionismo. No se distinguían las contradicciones y sus tipos
Hay quien en el pasado ha condenado cualquier debate o disidencia con la linea oficial con la marginación o con medidas punitivas. Eso, demostrado por la historia, no fortalecio al M-L. No evito la restauración capitalista.
En la revisión de los estatutos del PCCH del X Congreso bajo la direccion del Camarada Mao, el camarada Wang Jung-Wen defendió el derecho a la critica y a la denuncia dentro del mismo, de cualquier militante. Este es un poderoso legado de la GRCP que se plasmo en un estilo de trabajo totalmente distinto al anterior de corte mecanicista. Debemos aplicarlo !
Nosotros no los vamos a descalificar, como hacen uds en sus publicaciones aludiendo a los que defendemos el derecho del PCN (m) a buscar una aplicación viva del mlm a la Revolución en Nepal, como coriferos sin argumentos.
Como señalamos en nuestra anterior carta no queremos actuar como sesudos sabelotodos, reconocemos nuestros limites ( dialécticos) de comprensión de nuestra ideología y de los acontecimientos de la RPM.
También dijimos que estamos sujetos a critica y autocrítica.
Pero camaradas, Uds. no han hecho mas que repetir sus argumentos, sus conclusiones sin dar respuesta a nuestras criticas. Eso si es bajar el nivel de la discusión camaradas, o ¿no es correcta nuestra critica al dogmato-revisionismo como base filosófica de esta actual línea "izquierdista" en formación?
Y decimos en formación puesto que cometer errores de izquierda no implica la existencia de una línea consolidada como tampoco lo implican errores de derechas, una línea revisionista.
Recientemente tradujimos un importante articulo del Camarada Biplap miembro del Secretariado del CC del PCN (m) donde alertaba sobre errores de derecha en el Partido Comunista. concretados en aquellos que, de forma unilateral, pretenden solucionarlo todo con negociaciones. Lo expresaba abiertamente en una publicación del Partido, el Red Star ( Publicación, que por cierto, solo ha merecido el repudio de Uds. por unos anuncios de la multinacional Toyota)
Les recomendamos que lo lean con atención, que comprendan en que punto esta la Revolución de Nueva Democracia y como se preparan las diversas fuerzas para el nuevo acto.
Creemos que seria un importante trabajo, que podríamos hacer conjuntamente, la traducción de estas publicaciones, para que los revolucionarios de lengua castellana se puedan enterar por las propias fuentes y no por comentarios periodísticos o de terceros, de la opinión de los maoístas nepalíes.
El Presidente Mao critico aquellos que hablan sin estudiar.
Camaradas, Uds. han montado una gran algarabía en el entre-acto. Se olvidan que la obra aun no ha concluido.
Queremos resumir nuestra posición en relación con la Revolución en Nepal en los siguientes 4 principios:
El PCN (m) bajo la dirección del Presidente Prachanda ha levantado un poderoso movimiento revolucionario democrático-popular que, aunque a logrado importantes victorias, en la actualidad no ha concluido.
En el interior del Partido, como nos enseña la dialectica; uno se divide en dos, se manifiestan las posiciones de las clases que están presentes en la sociedad y por tanto pueden cometerse errores incluso lucha de lineas si los errores persisten. Esto es valido tanto en Nepal como en cualquier otro proceso revolucionario.
La posición de los comunistas, a nivel internacional y por tanto del MRI, debe ser la darle al PCN (m) todo el apoyo. Asi como estudiar, atentamente, el desarrollo del proceso revolucionario. Haciendo de las criticas un instrumento de unidad y lucha con los revolucionarios nepalíes y bajo ningún concepto emitir juicios precipitados o hacer eco al coro de reaccionarios y de provocadores.
Los senderos de la Revolución son muy variados y muchos de ellos aun sin transitar. Por lo que hay que oponerse firmemente al unílateralismo dogmático, enemigo metafísico en nuestras filas.

La reciente resolución del III Plenario de la Dirección la UOC-mlm, contradice, a nuestro entender, todos estos 4 principios y se reafirma en unas posiciones erróneas y cercanas, peligrosamente, al oportunismo de izquierda.
Les hacemos un serio llamado a rectificar, a poner fin a los ataques al PCN (m) y a su dirección, asi como al MRI y a las organizaciones que lo componen.
Les hacemos un serio llamado a la autocrítica y a barrer valientemente la manifestaciones del dogmato-revisionismo que anidan en muchas de sus argumentaciones.
Camaradas, el proletariado revolucionario necesita de todas sus fuerzas para enfrentar al imperialismo.
Necesita a todos los destacamentos revolucionarios para la Revolución Proletaria Mundial, fortaleciendo en mayor grado la unidad revolucionaria.
El proletariado y las masas populares de Nepal han demostrado su coraje revolucionario y merecen plena confianza en que encontraran las soluciones a los retos que plantea el proceso revolucionario en curso.
Deseamos que este debate permita clarificar que posiciones son correctas y cuales no y que aprendamos todos, profundizando nuestro trabajo como comunistas, como auténticos servidores del pueblo.

Saudos vermellos:
Correo Vermello, distribuidora.


Galiza, Julio del 2008

miércoles, 16 de julio de 2008

Debate sobre la Revolución en Bolivia


Estimados amigos.

Hemos encontrado un debate intersante en el periódico brasileño A Nova Democracia sobre la situación de Bolivia. Reenvíenlo a sus contactos.Para entendimiento hemos hecho una traducción un tanto artesanal del artículo que está en portugués, lo demás es del link original.

Saludos:

J. P.
--------------- Traducción al español-------------
1º de julio de 2008
El neokantismo de los aliados del “proceso de cambio” en Bolivia
Wilson Enríquez

Nota de la Redacción: En la edición 43 de AND, publicamos el artículo Del “proceso de cambio” a la profundización de la semifeudaliad, de autoría del mismo Wilson Enriquez. Ocurre que en el último periodo recibimos un texto del Sr. Jorge Echazú Alvarado –El debate. El proceso boliviano y sus críticos- en el cual el pretende criticar el artículo anterio, y que es rechazado en el presente texto. Para que se comprenda mejor el contenido de la crítica del Sr. Echazú, su texto se puede encontrar abajo.
El polemista Echazú inicia sus elucubraciones de gabinete –del cual jamás salió- esgrimiendo una especie de neokantismo al clamar y quejarse por una inexistente neutralidad valorativa en un medio de comunicación, cuando lo cierto es que la prensa revolucionaria puede asumir políticamente una decisión de publicar los disparates revisionistas siempre y cuando persiga el claro objetivo de aplastarlo y contribuir a barrerlos de la faz de la tierra cabalmente, así como también no hacer eco a las vociferaciones reaccionarias o simplemente no dar tribuna a cadáveres políticos y carros en desuso del reformismo y revisionismo.
Se da énfasis a esta aparente anodina situación, más no es la única alusión kantiana del mencionado polemista que, por lo visto, elabora sus argumentos a la luz de la “Crítica de la razón pura”, de autoría del famoso Königsberg, como ilustra el siguiente párrafo:
“Las hordas enloquecidas de matones atacaron brutalmente a los campesinos que ya se retiraban ante la noticia de suspensión del acto programado. Las escuadras fascistas capturaron a un grupo grande de campesinos, ancianos, mujeres y niños y los condujeron en medio de una lluvia de golpes, patadas, apaleamientos e insultos hasta la plaza 25 de Mato (sic) y a la puerta de la Casa de la Libertad. Paradójicamente, el frontis de esa casa histórica sería el escenario del acto fascista, racista e inhumano más infame de la historia nacional, cometido contra esos humildes campesinos, obligados a caminar de rodillas, desnudos y permanentemente golpeados (1)”.
Donde el autor reclama “humanidad”, en vez de reconocer una clara derrota política de los aliados del MAS. La verdad debe ser dicha, los adeptos o simpatizantes del partido de gobierno se reunían en un lugar donde fueron concentrados no por meda casualidad o curiosidad, sino para manifestar abiertamente su posición de apoyo a Evo Morales, en el contexto de un creciente clima de beligerancia.
Entonces, allí donde se asume una posición política en una situación compleja, se debe igualmente estar preparado para asumir los costos políticos. A las masas campesinas e indígenas de Bolivia, en múltiples oportunidades, han dado valiosos ejemplos de lucha, audacia y sobre todo perspicacia política. Pero, este segmento del campesinado afín al MAS sólo demostró la debilidad ideológica de este partido, así como de otros partidos que acompañan demagógicamente al denominado “proceso de cambio”, pues mostraron incapacidad organizativa para planear una retirada, conjurar o neutralizar el ataque de los mercenarios de la oligarquía sucrense.
Utilizar como carne de cañón a un grupo de campesinos para después apelar en un tono lastimero de talante humanista, que permita revertir la derrota política en un “triunfo moral”, a través de campañas mediáticas y el apoyo de las ONGs ligadas al activismo por los derechos humanos sólo demuestra la instrumentalización de la masa campesina e indígena, los cuales son anulados en su papel fundamental de protagonistas, de sujetos de emancipación, y miserablemente se los relega al papel de tontos útiles del gamonal-sindicalismo.
Algo que debe quedar claro, es que aquí no se niega el carácter fascista de ese grupo de bandoleros y mercenarios, verdaderos ejércitos paramilitares de las oligarquías de los departamentos que conforman la llamada “Media Luna” (Santa Cruz, Beni, Pando, Cochabamba, Sucre, Tarija); tampoco la utilización de discursos racistas con los cuales se enerva la lucha de clases en Bolivia, retrocediendo a un discurso de “sangre pura” española que sirvió de pretexto ideológico a la invasión de Hispanoamérica. Considerando los siglos de invasión árabe que los españoles experimentaron previamente, es una prueba palpable del nivel discursivo de tal “sangre pura”, que no soportaría una explicación científica desde el campo de la biología, donde el concepto de raza es una abstracción sin fundamento práctico.
En cuanto al gamonal sindicalismo, toscamente se pretende confundir esta categoría con la de sindicalismo gamonal. Pero, cuando nos referimos al gamonal-sindicalismo, estamos hablando de gamonalismo ## que es sustentado por el sindicalismo corrupto ejercido por la cúpula sindical que manipula y maneja los cordones del campesinado en Bolivia.
Según Mariátegui, el gamonalismo no alude específicamente a una categoría socio-económica representada por los gamonales, los mismos que efectivamente dejaron de existir en el occidente boliviano con la reforma agraria del 1953; sustentamos que el gamonalismo es una categoría política hecha en la dinámica jerárquica mediante la cual se mantienen sobrevivientes las relaciones sociales de producción explotadoras del occidente boliviano en los marcos de la evolución de la semifeudalidad. Confundir gamonalismo con latifundismo es obra de Echazú, no nuestra.
Echazú desconoce la permanencia, en la realidad rural del Occidente boliviano, de algunos minifundios, como parte de tierras consolidadas a los ex patrones, que hoy se reciclaran como una casta neo-patronal de “gamonaliños”, vinculados a los campesinos pobres o a un semi-proletariado rural, a través de relaciones de producción semifeudales, como la aparcería (media) o la mink’a (jornada pagada con alimentos, bebida o dinero). En otros casos, donde los patrones fueron expulsados del área rural, campesinos que ejercían cargos de secretario general en los sindicatos se reciclaron como neo-patrones.
Se debe reconocer que las comunidades campesinas del Occidente boliviano desenvolvieron dinámicas históricas, sociales, económicas y políticas variadas y heterogéneas, considerando el hecho que actualmente no existe una sola de esas comunidades campesinas donde no se posible establecer una diferenciación entre los campesinos, si existe, que el polemista dé el nombre y las coordenadas.
Pues bien, esta diferenciación entre los campesinos está barnizada por situaciones como las ejemplificadas en los párrafos anteriores, por la forma en como las comunidades se vinculan con el mercado a través de la agricultura, minería, procesos de venta de fuerza de trabajo estacional en ciudades, procesos de migración del campo a la ciudad, o al exterior del país, entre las múltiples variantes.
Esta situación tampoco está alejada de las muchas comunidades de ayllus donde la dotación de tierras a los comunarios no siempre es igualitaria. Las relaciones entre comunarios locales y los residentes en ciudades en el exterior no son necesariamente de reciprocidad o armónicas, como pretenden presentar algunos ideólogos del MAS, repitiendo el monólogo de la antropología del Norte y de los miembros de la renovada religión andina.
En otras circunstancias, algunas comunidades de ayllus del Occidente boliviano viven sobre el yugo de los “vecinos del pueblo”, estos últimos sólo se dedican a dirigir el proceso de producción agrícola en sus tierras manteniendo relaciones de explotación con comunarios de los ayllus.
De tal modo que la veleidad multiculturalista del post modernismo –aparentemente consumido con avidez por Echazú es disfrazada cuando el se esconde en una lectura revisionista de Lenin al plantear una “autodeterminación de las naciones”- no debe hacer perder de vista la existencia de la lucha de clases en las zonas rurales del occidente boliviano como subrepticiamente desliza el mencionado polemista.
De esta tribuna queremos ser enfáticos en reiterar la necesidad de considerar al campesinado y los pueblos indígenas de Bolivia como sujetos protagónicos de la emancipación del capitalismo burocráticos, sistema que el MAS y sus aliados se encargan de profundizar.
Lo otro es ir por el mundo reconociendo naciones de poco más de diez personas (ex. Toromonas), etnias cuyas estrategias para mantener vivas sus culturas han sido fusionarse con otros grupos étnicos, como ya ocurrió en la Amazonía boliviana (ex. Pacahuaras con Chácobos); o ir obsequiando títulos de Tierras Comunitarias de Origen (TCO) a etnias itinerantes que consideran como invadidos sus territorios sobre los cuales no renuncian a seguir transitando (ex. Ayoreos), considerando que la invasión por la modernidad es inexorablemente irreversible. O por otro lado, inscribir una TCO que posteriormente será manipulada por la oligarquía fascista cruceña, como es el caso de la TCO Guarayos, completamente manipulada por el actual Presidente del Comité Cívico Pro Santa Cruz: Branco Marinkovic. Pese a decir de la ONU, que santificó tantas intervenciones imperialistas, más aún así merece la veneración de Echazú.
De vuelta al sindicalismo corrupto en Bolivia, no sólo nos referimos al de Jaime Solares, sobre quien coincidimos con Echazú en su tipificación. Sólo que en su miopía intelectual, el polemista no es capaz de atinar que en nuestro juicio, los héroes y heroínas de octubre de 2003 son gente anónima del pueblo y no figurones como está acostumbrara a identificar la historiografía positivista.
También nos referíamos a las “maletitas” con dinero de los gobiernos de turno que circularon y circulan en los Congresos de la COB y de los que el mencionado señor debe tener conocimiento. Más al margen de esos hechos, fundamentalmente la necesidad de independencia sindical a través del autosostenimiento, como señalaba Mariátegui en Ideología y Política, pero lo que parece, para el polemista eso es un asunto irrelevante.
Finalmente, si para Echazú la Asamblea Popular de 1971 es una paradigma revolucionario, en clara repetición del recetario del trotskismo boliviano sobre el llamado “Poder Dual”, con el cual el “PC-MLM” compartió asientos en la referida Asamblea, es problema del él. Nos reafirmamos en que tal Asamblea se trató de un conciliábulo de charlatanes con pompas revolucionarias entre cuatro paredes, que no aportó una línea a los revolucionarios bolivianos y del mundo en el camino democrático de la transformación de nuestras sociedades.
Entonces que el señor Echazú avale o tome posición sobre la experiencia de la Asamblea Popular del 1971 y deje de hacer gimnasia esquiva y demagógica hablando de otro hecho como la resistencia antifascista de Laikakota, de la cual no hacemos mención, pues la Asamblea Popular no se organizó precisamente para resistir al golpe de Estado o para realizar “los otros actos revolucionarios” que efectivamente desconocemos.

martes, 15 de julio de 2008

INDIA :Analisis sobre el avance de la guerra popular



15.07.08


Las numerosas grietas del tigre indio




El movimiento maoísta cada día que pasa se muestra más fuerte y lleva camino de hacer realidad la creación de "ese corredor rojo", que uniría el sur de India con los estado fronterizos de Nepal
La presentación de India como una de las potencias emergentes en el mundo ha supuesto que paras muchos el "tigre indio" sea un modelo interesante a seguir en el nuevo orden mundial que se está gestando. Sin embargo, estos días hemos asistido a una serie de acontecimientos que muestran la otra cara de ese "milagro" y que pone en entredicho buena parte de la política exterior e interior que defiende la élite india, e incluso puede poner en peligro el futuro de India tal y como la conocemos hoy en día.
El acuerdo nuclear con Estados Unidos, la posterior crisis de gobierno, el ataque contra la embajada india en Kabul, las tensiones en los estados del noreste, el aumento de la presencia y la presión del movimiento maoísta o el resurgir de las demandas independentistas en Cachemira, han sido una cadena de acontecimientos, en ocasiones además relacionados entre sí, que muestran la fragilidad de ese proyecto que se nos presenta en buena parte de los medios occidentales.
India es una de los estados con capacidad nuclear más poderosos del mundo. Con 14 reactores operando a un nivel comercial, pronto se sumarán otros nueve que están en construcción. La propuesta del actual primer ministro, Manmohan Singh, de firmar un acuerdo nuclear con Estados Unidos, se ha mostrado como una calculada maniobra, a pesar de los costes que ello le pueda acarrear, tanto en política exterior como doméstica. Por medio de ese acuerdo, se prevé que India y Estados Unidos colaboren en el desarrollo de la energía nuclear, "de uso civil", del gigante asiático. Esta decisión traerá consigo la colaboración "más estrecha" de Delhi con Washington, sobre todo en materia de lucha "contra el terror" y buscando una nueva balanza de poder frente a China en el continente asiático.
Esa decisión a corto plazo a supuesto la salida del gobierno central del Partido Comunista de India (Marxista), lo que en un principio colocaría al gobierno en minoría. No obstante, el primer ministro ya había anticipado el rechazo por parte de la izquierda institucional a sus pretensiones, por eso no ha dudado en establecer un acuerdo de gobierno con un partido regional, el partido Samajwadi, que hasta hace poco tiempo era un enemigo acérrimo del Congreso Nacional Indio , el partido en el gobierno.
Manmohan Singh ha sopesado las dificultades que puede afrontar a corto plazo, pero es consciente que el tema central de las próximas elecciones legislativas del próximo mes de mayo se centrará más en materias económicas que en el acuerdo que pretende firmar. De momento se han dado los primeros pasos, y se calcula que a primeros del próximo año pueden haberse cumplido todas las condiciones y protocolos necesarios para que el mismo entre en vigor. Hasta entonces India deberá hacer frente a una más que previsible crisis política tanto dentro como fuera del gobierno central, lo que será el campo idóneo para que otros actores intenten incidir. Sin olvidarnos tampoco de la reacción de la comunidad musulmana en India, que puede percibir ese acercamiento a EEUU como un ataque más contra la misma.
El atentado contra la embajada india en Kabul es también consecuencia indirecta de la nueva dirección que quiere mantener el gobierno indio en materia exterior. El ataque ha ido dirigido contra la presencia india en Afganistán, y por tanto, puede sospecharse que detrás del mismo pueden estar las fuerzas talibanes (ya en el pasado India se alineó con la alianza del norte frente a los talibanes) o bien algún grupo que contaría con el beneplácito de los servicios secretos pakistaníes. No podemos olvidar que el pulso que mantienen Delhi e Islamabad en torno al vecino afgano es muy importante, y en Pakistán no ven con buenos ojos ese protagonismo en ascenso que estaría cobrando la política india en Afganistán.
Por otro lado, con esa acción también se puede perseguir que el gobierno indio se sume a la campaña militar que mantiene EEUU, en línea con el acuerdo nuclear, y al que se estarían sumando voces influyentes dentro de India. De esa forma, los enemigos de la actual política india en Afganistán podrían presentar la presencia y la labor india como un apéndice de la campaña de ocupación que dirige Washington desde hace años.
Si se confirma ese acercamiento estratégico con Estados Unidos, que supondría al mismo tiempo algo similar con Israel, no debería extrañarnos que Pakistán reaccione moviendo sus múltiples hilos, y como en el pasado, utilice cualquier oportunidad para desestabilizar a India, quien además vería crecer el descontento de la poderosa comunidad musulmana.
Pero esos no son los únicos problemas que debe afrontar el actual primer ministro. Desde que en siglo XIX surgió la "idea de India" el debate sobre la formación del estado indio no ha cesado. A pesar del discurso que buscaba las bases para la formación del moderno estado indio, y que llegó a contar con el beneplácito de los colonizadores británicos en los días previos a la independencia, dentro de ese territorio existen regiones y pueblos que han mantenido su independencia durante al colonización y que hoy en día siguen rechazando su "asimilación" bajo India.
La dureza mostrada por las élites políticas post-coloniales, intentando reforzar la idea de una única India como "una nación homogénea con una cultura común", no ha hecho sino alargar hasta nuestros días el conflicto entre estos pueblos y el gobierno central. Las naciones sin estado del noreste y Jammu & Kashmir son dos claros ejemplos. Mientras que en el primer caso, el ciclo de negociaciones en algunos casos ha concluido, en otros el conflicto sigue latente, y sin expectativas de compromiso a corto plazo.
En Cachemira estas semanas se ha producido una movilización que para algunos ha supuesto "la más numerosa desde finales de los ochenta". En esta ocasión la disputa teñida de tensiones religiosas, ha servido para que tanto el movimiento independentista cachemir se lance a las calles contra el gobierno central y sus títeres regionales, como para que el movimiento islamista vuelva a recuperar buena parte del terreno perdido en los últimos años. Todo ello, en pleno verano, puede servir para que se produzcan ataques o atentados importantes, tanto en Jammu & Kashmir, como en el resto de India.
Finalmente nos encontramos con la ofensiva que mantiene el movimiento maoísta, que cada día que pasa se muestra más fuerte y que lleva camino de hacer realidad la creación de "ese corredor rojo", que uniría el sur de India con los estado fronterizos de Nepal, y donde el poder del estado central es puesto en jaque con demasiada asiduidad. Hace ya meses que la clase dirigente india reconoce que el "mayor problema" para su proyecto es el que representa el Partido Comunista de India (Maoísta).
Bajo el discurso apologético del crecimiento económico del tigre indio podemos encontrar numerosas grietas. El desarrollo, definido como algo "abstracto", no es, en muchas ocasiones, más que el logro de beneficios de unos pocos a costa de la mayoría de la población india, que apenas puede llegar al final del día. La crisis en la agricultura, las altas tasas de suicidios entre esa población, las privatizaciones y ayudas que el gobierno central concede a corporaciones privadas, son parte de esa otra cara. Un ejemplo de esa política económica la encontramos en las denominadas Zonas Económicas Especiales, donde las capas más humildes y desfavorecidas sufren aún más, obligando a desplazamientos forzados , compensaciones irrisorias o recolocaciones indeseadas.
India seguirá creciendo en los próximos años, pero el fruto y beneficio de todo ello no revertirá en la mayoría de sus gentes, lo que sin duda acrecentará la desigualdad y al mismo tiempo pondrá en entredicho la solidez del propio proyecto indio.

Gabinete Vasco de Análisis Internacional (GAIN)



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lunes, 14 de julio de 2008

Debate sobre la Revolución en Nepal. Resolución de la UOC mlm de Colombia

La resolución que publicamos la hemos recibido de los camaradas de Correo Vermello



Resolución de lucha contra el revisionismo prachandista

Considerando que:

El pueblo de Nepal luego de 10 años de victoriosa guerra popular contra la dominación imperialista y su lacaya monarquía feudal, fue engañado por el revisionismo prachandista que lo indujo a renunciar a la Revolución de Nueva Democracia, para centrar su esperanza de emancipación en la caduca revolución burguesa, en el reaccionario Estado burgués y en la engañosa democracia burguesa.
El respaldo del pueblo favoreció el triunfo electoral del partido prachandista, quien se dispone a pasar de su practica ministerial en el Estado reaccionario (forma de oportunismo denunciada y condenada desde los tiempos de la II Internacional) a convertirse en partido gobernante dentro del Estado burgués, lo cual le ha granjeado el espaldarazo de la burguesía imperialista, de los viejos y nuevos partidos revisionistas, y seguramente de la misma monarquía destronada ante la cual ya los prachandistas empiezan a extender su abrazo conciliador.
Entre tanto, el MRI y varios de sus partidos encabezados por Bob Avakian del PCR EU, han pasado del silencio al pantano, asumiendo la forma de oportunismo que en la historia del movimiento obrero ha sido la más peligrosa para su conciencia: el centrismo o la conciliación entre el marxismo leninismo maoísmo y el revisionismo prachandista.
Si bien el centrismo del MRI y sus adeptos todavía no está plenamente configurado y definiido, sí es ya el mejor escudo del prachandismo.
Diversos partidos MLM y camaradas MLM mantienen firme su posición de lucha contra el revisionismo prachandista, denunciando sus bellaquerías políticas y destruyendo su base teórica revisionista, como bien lo ha hecho la Unión en su periódico Revolución Obrera y revista teórica Negación de la Negación cuya edición número 3, se constituyó en un gran triunfo teórico del MLM sobre el revisionismo del siglo XXI.
Resuelve:
Reafirmar el compromiso de la Unión con la ineludible necesidad de derrotar al revisionismo prachandista, enemigo principal para la unidad del MCI, llamando a los auténticos MLM del mundo a cerrar filas en este combate.
Primordialmente mantener e intensificar la lucha política contra prachandismo, ahora en tránsito de convertirse en partido gobernante del Estado burgués en Nepal, y por tanto, en ejecutor de la dictadura de los explotadores. Lucha política que implica tanto la denuncia al contubernio del prachandismo con la burguesía, como la preparación de la Conferencia Internacional, tareas políticas necesarias para forzar la definición de los vacilantes.
Proseguir la lucha teórica contra el revisionismo del siglo XXI, dando prioridad en lo inmediato al combate contra las teorías del centro o de pantano, que en su pretensión de conciliar el MLM y el revisionismo prachandista, se han convertido en su sustento, justificación y defensa, fomentando la confusión en las masas obreras y en el MCI. Así mismo, continuar destrozando las tesis del revisionismo prachandista sobre la cuestión del imperialismo y la experiencia histórica de la Internacional Comunista.
Llamar a los auténticos MLM, al proletariado y en particular a los Unionistas a hacer de esta polémica un paso más en la forja de su conciencia internacionalista que muy pronto se transforme en fuerza material organizada contra el imperialismo mundial, contra la dictadura burguesa y contra sus defensores prachandistas.
Consolidar las relaciones internacionales de la Unión Obrera Comunista (MLM) y acometer el proceso de Unidad y Deslinde con los partidos MLM y camaradas MLM enemigos del prachandismo y del centrismo del MRI, en miras a una nueva Conferencia Internacional de los MLM, urgente necesidad para el avance del MCI a través de la derrota del revisionismo prachandista, hacia la unidad en una Internacional de nuevo tipo.

III Plenaria del Comité de Dirección - VII Asamblea (extraordinaria)

Unión Obrera Comunista (MLM)

Colombia, junio 2008

martes, 8 de julio de 2008

Denuncia del FRP a los oportunistas.-


Publicamos a continuación un documento del Frente Revolucionairo del Pueblo de Bolivia que nos enviaron los camaradas de Correo Vermello.




Sobre los autodenominados “auténticos maoístas” de Bolivia

“El nacionalismo pequeño burgués llama internacionalismo al mero reconocimiento de la igualdad de derechos de las naciones (que tiene un carácter puramente verbal), manteniendo intacto el egoísmo nacional, en tanto que el internacionalismo proletario exige:

1) la subordinación de los intereses de lucha proletaria en un país a los intereses de esta lucha en escala mundial;

2) que la nación que ha conquistado el triunfo sobre la burguesía sea capaz y esté dispuesta a hacer los mayores sacrificios nacionales en aras del derrocamiento del capital internacional”.
V.I. Lenin.
Esbozo inicial de las tesis sobre los problemas nacional y colonial, junio de 1920

“Marxista sólo es el que hace extensivo el reconocimiento de la lucha de clases al reconocimiento de la dictadura del proletariado. En esto es lo que estriba la más profunda diferencia entre un marxista y un socialdemócrata”
V. I. Lenin


El Frente Revolucionario del Pueblo (FRP) es una organización política que asume y defiende el maoísmo como tercera, nueva y superior etapa del marxismo, y busca aplicar esta ideología del proletariado a las condiciones particulares de nuestro país, Bolivia. En esta coyuntura en que nuestro país vive una agudización de la lucha de facciones de la gran burguesía, el revisionismo encarnado en el autodenominado PC (mlm) difunde por Internet una “Comunicación política a todos los partidos comunistas marxistas leninistas y maoístas de América Latina” (anexamos el documento), estos revisionistas buscan respaldo internacional para el “proceso boliviano”, que en los hechos significa apoyo al gobierno de Evo Morales que desarrolla un programa burgués burocrático de profundización del capitalismo burocrático en nuestro país.
En su “Comunicación…”, el PC (mlm) intenta inútilmente identificar y ligar a nuestra organización con otras. Tan grande es su empeño en esta tarea policíaca, que su principal argumento para atacar a nuestra organización es acusar a nuestros miembros de que hacen un trabajo en el anonimato. El FRP asume la concepción de la organización revolucionaria del partido en los términos leninistas de trabajo clandestino, por eso sus miembros no se identifican frente al gobierno del MAS ni frente a sus aliados revisionistas, esto no significa que nos ocultemos de las masas.
Las diferencias de fondo entre el FRP y el “PC (mlm)” tienen que ver con principios. El FRP asume el maoísmo y el “PC (mlm)” es revisionista y oportunista. Nuestra organización asume la tesis del capitalismo burocrático para comprender la realidad de nuestro país y la de otros países azotados por el imperialismo yanqui, la semifeudalidad y la gran burguesía. Esta tesis fue planteada por el Presidente Mao Tse-tung y desarrollada en otros procesos revolucionarios, en particular en Perú, y hoy es debatida por otras organizaciones maoístas de América Latina y Asia. El “PC (mlm)” niega la existencia de la de semifeudalidad en Bolivia, esgrime la tesis del capitalismo periférico de Samir Amin a quien considera el “maoísta” más importante en la actualidad, y pretende hacerla pasar como un planteamiento maoísta.
El FRP levanta el método revolucionario de la Guerra Popular como la teoría militar del proletariado, sostiene que éste es el método central para tomar el poder y acabar con el viejo Estado burocrático terrateniente. Al contrario, el “PC (mlm)” asume que con cualquier estrategia es posible tomar el poder: insurrección, lucha armada, guerra popular o pueblada (PCR de Argentina). La práctica del “PC (mlm)” muestra que su revisionismo no tiene límites pues han optado por las elecciones y la participación en el gobierno del Movimiento Al Socialismo (MAS) de Evo Morales, con el justificativo de que se trata de un “gobierno progresista”, “antiimperialista” y continuación de las luchas del pueblo boliviano iniciadas el año 2000.
El FRP caracteriza a este gobierno como representante de la burguesía burocrática, que aplica un programa de reestructuración del viejo Estado para salvarlo de su profunda crisis. El “PC (mlm)” califica la acción política del MAS como un “proceso de cambio que vivimos y que estamos obligados a defender con todas nuestras fuerzas” (Pronunciamiento No. 18. Firmado por “Jorge Echazú Alvarado, Comité Central PCMLM”). Como muestra de su defensa del supuesto “proceso de cambio”, los aspavientos del PC (mlm) empezaron cuando surgieron posiciones en una campaña abierta para desenmascarar a Evo Morales y su programa reformista burgués burocrático.
El espíritu de su última “Comunicación…” es un pedido internacional de auxilio para respaldar su vergonzante posición política, posición que se traduce en su participación como funcionarios públicos en niveles de dirección del gobierno del MAS. De lo que se trata es de defender sus puestos de trabajo.
El “PC (mlm)” se ampara en su antigüedad para autonombrarse el portavoz del maoísmo en Bolivia y desde esa posición pretende poner límites a la acción política de otras organizaciones, cual patrón que cuida su hacienda. Ahora, como para ellos se trata de apoyar al gobierno de Evo Morales, demandan un apoyo urgente para que otras organizaciones se pronuncien “sin ningún reparo” sobre la coyuntura de Bolivia. Esa “apertura” expresada desde una posición de “autoridad” (siempre han descalificado a las organizaciones que se referían a la coyuntura en Bolivia) no cambia, sin embargo, su chovinismo pequeño burgués y mentalidad feudal, contraria al espíritu del internacionalismo proletario.
En la historia del movimiento proletario y popular de Bolivia, el revisionismo ha jugado un papel nefasto. Su trabajo ha consistido en confundir a las masas y desviarlas de su camino revolucionario, ha pactado con la burguesía burocrática en diferentes capítulos de la historia de nuestro país, desde el apoyo al MNR de 1952, el sutil apoyo a los gobiernos militares que denominó “progresistas” y la participación en el gobierno de la Unión Democrática Popular (UDP), hasta su participación en el gobierno del Movimiento Al Socialismo de Evo Morales. En esta coyuntura, mientras nuestro pueblo es golpeado y utilizado por la reacción (burguesía compradora y terratenientes) y la burguesía burocrática (representada por el MAS de Evo Morales), el revisionismo concentra sus “fuerzas” en respaldar a esta última. Su nefasto papel consiste en alejar cada vez más la posibilidad de que el proletariado y campesinado de Bolivia construyan su propio camino, revolucionario, hacia el socialismo y, como meta final, el comunismo.

Frente Revolucionario del Pueblo
Bolivia julio de 2008



La Paz-Bolivia, 20-06-08

COMUNICACIÓN POLITICA A TODOS LOS PARTIDOS COMUNISTAS MARXISTAS LENINISTAS Y MAOÍSTAS DE AMÉRICA LATINA.

Por encargo del Comité Central del Partido Comunista (MLM) de Bolivia, tengo la satisfacción de saludar a Uds., y hacerles conocer, queridos camaradas, que nuestro Partido ha venido sosteniendo una agria polémica con un órgano de prensa de Brasil denominado "A Nova Democracia", que según el mismo órgano no "representa opinión política de partido político alguno". Sin embargo, tenemos conocimiento preciso que dicha publicación es un representante no oficial de una tendencia "marxista-leninista y maoísta" que estuvo presente en la reunión de Partido Comunistas marxistas-leninista de Argentina el año 2006.
De igual modo, un tiempo antes tuvimos la visita de dos dirigentes de esa organización "marxista" cuyo nombre no pudimos tener. Finalmente fue invitado un dirigente nuestro a visitar Río Branco (Acre) a dictar conferencias sobre la coyuntura política boliviana después de octubre de 2003, antes del ascenso del Presidente Morales y en las condiciones más claramente solidarias.
La referida polémica ha tomado caracteres realmente sorprendentes en la cual nuestro partido ha sido acusado de desviaciones "revisionistas" e incluso de "oportunismo".
La seguridad que tenemos sobre nuestra línea política nos permitimos pedir a los diferentes Partido Comunistas MLM de América Latina, expresar sus puntos de vista sobre la problemática boliviana sin ningún reparo.
Como verdaderos y auténticos comunistas, jamás desecharemos las críticas justas que, desde el punto de vista del marxismo-leninismo-maoísmo, nos hagan nuestros hermanos de América Latina.
La organización brasileña, cuyo nombre desconocemos y que a través de periodistas desaprensivos, ataca a nuestro Partido y a sus dirigentes de una forma completamente inaceptable y es necesario conocer quién nos ataca o nos critica, porque es muy cómodo lanzar acusaciones furibundas desde el anonimato.
Además la publicación brasileña difunde artículos de un grupo de origen peruano, asilado en Bolivia después de su cobarde huída del Perú, cuyos miembros trabajan en Bolivia para organizaciones no gubernamentales (ONGs), bajo el pseudónimo de Centro de Estudios Populares (CEP o FRP), que igualmente lanza todos los días y por Internet, dardos envenenados contra nuestro Partido en connivencia con grupos de provocadores trotskistas.
La situación, efectivamente, podía ser pasada por alto, sin embargo pensamos que, tratándose de problemas de principio, consideramos que la polémica podría tener características continentales a fin de aclarar esos puntos fundamentales.
La Novena Conferencia Internacional, en 2007, aprobó por unanimidad una declaración de apoyo claro y específico al PROCESO boliviano. Sin embargo consideramos urgente, que se ratifique ese apoyo moral e ideológico en este momento en que se viene acercando una definición en cuanto a la continuación del mismo proceso.
Esperando declaraciones claras y precisas de parte de nuestros hermanos de América Latina, los saludamos revolucionariamente.

Jorge Echazu Alvarado.
Por el C.C. del PC (mlm).